terça-feira, 26 de outubro de 2010

Teaser no ar!

Galera, o teaser do documentário "Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior" já está pronto!! Assistam e comentem!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Válber, o cérebro

Válber em campo - Fonte O Impacto



O primeiro contrato assinado por Válber da Silva Costa como atleta profissional, foi com o Mogi Mirim Futebol Clube em 1992. Na época, o jogador estava com 20 anos de idade e jogava pelo Santa Cruz. Válber vinha de uma ótima campanha no torneio Taça São Paulo de Juniores, ocorrido no mesmo ano. Seu desempenho chamou a atenção do time do interior paulista e também despertou o interesse de grandes clubes como o São Paulo e o Grêmio, de Porto Alegre, mas, em uma negociação ágil com o Santa Cruz, o Sapão conseguiu comprar o passe do meia por um valor aproximado a R$ 25 mil.
Nascido em São Luiz e criado na periferia da capital do Maranhão, Válber, assim como Rivaldo, também cresceu com dificuldades. A ida para o MMFC representava uma oportunidade de crescer profissionalmente.
A contratação foi um divisor de águas na carreira do atleta. Já na primeira temporada no futebol paulista, Válber conseguiu escrever seu nome na história. Com 17 gols marcados na temporada, foi o artilheiro do torneio e além de uma homenagem feita pela Federação Paulista de Futebol, também foi premiado com uma viagem de férias Miami Beach, nos Estados Unidos.
Valbér não possuia a polivalência de Rivaldo, tão pouco a velocidade de Leto, mas por outro lado tinha uma excelênte visão do jogo. O atleta, extremamente inteligente em campo, possuia uma técnica refinada para cadenciar as partidas. Sua estratégia era se posicionar atrás dos atacantes do Mogi e de frente para a grande área para fugir da marcação adversária. Devido a essa caracteristica, o maranhense atuava como meio-campista e não como atacante. Mas a sua posição tática não o impedia de marcar gols, ao todo foram 35 em partidas oficiais no periodo entre fevereiro de 1992 a maio de 1993.
Em pouco tempo Válber se tornou o cérebro do time e o jogador mais acionado entre as quatro linhas. Em jogo, tinha a missão de articular e criar a ação ofensiva que resultava em gols, quando não dele, dos companheiros, sempre de forma simples sem firulas desnecessárias. Pode-se dizer que o atleta era o era o motor que girava o Carrossel Caipira.
Durante a estadia no MMFC, Válber se tornou o craque do time, ajudou a destacar o Sapão e fez a alegria da torcida mogiana. Pouco mais de um ano depois Válber seria contratado pelo Corinthians em badalada transação e deixaria, junto com Rivaldo, Leto e o ala-esquerdo Admílson, o time onde viveu o ápice de sua carreira.

Após sair do Mogi em 1993, Válber passou por grandes clubes do Brasil, como Corinthians, Palmeiras, Internacional, Vasco da Gama, Goiás e Ponte Preta. Além disso também atuou no futebol japonês, defendendo as cores do Yokohama por quase quatro anos. O meia também conseguiu realizar o sonho de ser covocado para a seleção brasileira em novembro de 1993, quando já havia se transferido para o Corinthians (MARTINS, 2002, p.94).

Com o desempenho surpreenente dentro do Mogi as espectativas sobre Válber eram imensas. Mas as pressões não foram suficientes para que ele conseguise repetir o período auréo vivido no Carrossel Caipira e sua carreira tomou um rumo contrário ao do companheiro Rivaldo.
Em 1994 foi transferido para o time japonês Yokohama Flugels, no ano seguinte voltou ao país para defender o Palmeiras, seis meses depois se transferiu para o Internacional, e depois de apenas mais um semestre desembarcou no Vasco. O maranhense ainda teve mais duas passagens – positivas, no ponto de vista financeiro – pelo Yokohama, no Japão, em 1997 e 1999.
O troca-troca de clubes continuou. Em 2000, Válber foi para o Goiás, seguiu para o Ituano, Ponte Preta e Atlético Paranaense. Em busca pelo passado de glórias retornou ao time onde foi revelado em 2001, no Mogi permaneceu até 2003 e rumou para o Santa Cruz, em Recife.
Antes de encerrar a carreira precocemente jogou mais uma vez pelo Sapão em 2004.
Após deixar a vida futebolística, mudou-se para Brasilia e passou a investir em imóveis. Criou uma empresa de consultoria esportiva em 2006, a VSC e atualmente trabalha assessorando a carreira de alguns jogadores.